Vejo pessoas passando,
umas próximas conversando
outras mais longe sorrindo,
a vida flui, a paz impera;
vejo pessoas com cores vestidas,
belas, por vezes garridas,
que a vida não é bicolor,
nem eu desejo que o seja!...
Vejo pessoas que dançam
aqui na rua à minha frente,
ao som de bombo africano
que tanto me diz e alegra;
vejo aqui ao meu lado
criança feliz e bendita
pedindo ao pai "cavalitas",
que me comove e enternece.
...........................................
Olho de novo a rua
vejo pessoas normais,
sempre passando, vivendo,
tocando-se, ou de mãos dadas!...
..........................................
Tenho saudades das tuas,
que me deram amor, ternura,
e que das minhas tanto precisam
P´ra saciar a desventura!
(Antonio Luíz, 07-08-2010)
terça-feira, 17 de agosto de 2010
ENCRUZILHADA DE TEMPOS
Viajo na estrada,
ao volante da subconsciência,
viajo no meu tempo,
entro no meu Eu,
num lamaçal que me não larga,
mas não me imobiliza;
Aos olhos enevoados
assumem frias lágrimas,
entrelaçam-se pensamentos...
...mas naquela tarde que disseste?
- Que bebi um trago a mais por estar feliz?
...não, é óbvio que não foi!
- Ou por ser distraído?
...quero aceitar que não, ou talvez!
Mas em consequência da "injúria"
o que fizemos um ao outro?
Criamos enorme distância
derrubamos nossos muros de veludo!
Mas o que deveríamos dizer
ou já ter dito um ao outro?
Que por força da incompreensão
e da marginalidade de alguns
poderíamos beber um copo a mais,
todos os dias,
e deixar-nos fluir na solidão?!
Mas não, isso não,
produziria estígmas, maus sinais,
corroeria nossas aparências,
e apesar de ser óbvio e humano
de forma lúcida rejeitamos...
...Sigo a doutrina pragmática
que em boa verdade ensina,
que mais vale "in concreto" ser
que por falsa verdade parecer,
e sobretudo quando amamos!
(Antonio Luíz, 05-08-2010)
ao volante da subconsciência,
viajo no meu tempo,
entro no meu Eu,
num lamaçal que me não larga,
mas não me imobiliza;
Aos olhos enevoados
assumem frias lágrimas,
entrelaçam-se pensamentos...
...mas naquela tarde que disseste?
- Que bebi um trago a mais por estar feliz?
...não, é óbvio que não foi!
- Ou por ser distraído?
...quero aceitar que não, ou talvez!
Mas em consequência da "injúria"
o que fizemos um ao outro?
Criamos enorme distância
derrubamos nossos muros de veludo!
Mas o que deveríamos dizer
ou já ter dito um ao outro?
Que por força da incompreensão
e da marginalidade de alguns
poderíamos beber um copo a mais,
todos os dias,
e deixar-nos fluir na solidão?!
Mas não, isso não,
produziria estígmas, maus sinais,
corroeria nossas aparências,
e apesar de ser óbvio e humano
de forma lúcida rejeitamos...
...Sigo a doutrina pragmática
que em boa verdade ensina,
que mais vale "in concreto" ser
que por falsa verdade parecer,
e sobretudo quando amamos!
(Antonio Luíz, 05-08-2010)
Etiquetas:
Poema livre - poesia contemporânea
TURBULENCIA EM FIM DE FÉRIAS
De súbito, quando menos se esperava,
ao cabo de férias solarentas,
instalaram-se penumbras e sombras,
dos olhos brotaram cascatas de água,
abateu-se o silêncio, a desilusão
sobre nossas vidas,
sobre um grandioso sonho,
que se gorou esfumando-se
como um enorme transatlântico
desaparecendo lá longe no horizonte!...
...Há um vácuo, um estridente vazio,
um espaço turbulento sem nada,
em nosso quarto ainda ferve amôr
apenas de outrora;
mas hoje vingam invernos gélidos
de saudades, e vigoram sonhos
de mágoas cataclísmicas que doem e ferem
como pesadelos!...
...O silêncio extingue-se na nossa mudez,
vai-nos separando por demais;
entre nós há farrapos de lembranças
que tentam reagrupar-se
procurando recriar correntes
de espesso fio, ou corda ou aço;
- mas que importa?
Vencerão esta chuva tão ácida?
Resistirão por absurdo ao tempo,
enquanto um disforme transatlântico
De novo regresse
Repleto de ilusões,
ou de novas promessas de amor
a qualquer hora da madrugada?...
...Assustam-me tamanhas incertezas!...
( Antonio Luíz, o4-08-2010 )
ao cabo de férias solarentas,
instalaram-se penumbras e sombras,
dos olhos brotaram cascatas de água,
abateu-se o silêncio, a desilusão
sobre nossas vidas,
sobre um grandioso sonho,
que se gorou esfumando-se
como um enorme transatlântico
desaparecendo lá longe no horizonte!...
...Há um vácuo, um estridente vazio,
um espaço turbulento sem nada,
em nosso quarto ainda ferve amôr
apenas de outrora;
mas hoje vingam invernos gélidos
de saudades, e vigoram sonhos
de mágoas cataclísmicas que doem e ferem
como pesadelos!...
...O silêncio extingue-se na nossa mudez,
vai-nos separando por demais;
entre nós há farrapos de lembranças
que tentam reagrupar-se
procurando recriar correntes
de espesso fio, ou corda ou aço;
- mas que importa?
Vencerão esta chuva tão ácida?
Resistirão por absurdo ao tempo,
enquanto um disforme transatlântico
De novo regresse
Repleto de ilusões,
ou de novas promessas de amor
a qualquer hora da madrugada?...
...Assustam-me tamanhas incertezas!...
( Antonio Luíz, o4-08-2010 )
Etiquetas:
Poema livre - poesia contemporânea
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
PENSAMENTOS FORÇADOS
I - Com decisão temporária:
" Autodemiti-me do amor,
porque há muito prometi fazer-te feliz,
e tu não o tens permitido".
II - Com decisão definitiva:
"Destruí em mim o amor,
porque acreditei que me farias feliz,
mas tu com ingénua teimosia
dilaceraste um coração por ti perdido".
III - Com ultradecisão (platónica):
"Apesar do amor ausente
serei à hora da morte um lutador,
invulgar combatente
para a génese de um amor eterno,
mas secretamente!"
(Antonio Luíz, 09-08-2010 -
in Poesia pragmática : poemas de Vidas , a publicar 2010).
" Autodemiti-me do amor,
porque há muito prometi fazer-te feliz,
e tu não o tens permitido".
II - Com decisão definitiva:
"Destruí em mim o amor,
porque acreditei que me farias feliz,
mas tu com ingénua teimosia
dilaceraste um coração por ti perdido".
III - Com ultradecisão (platónica):
"Apesar do amor ausente
serei à hora da morte um lutador,
invulgar combatente
para a génese de um amor eterno,
mas secretamente!"
(Antonio Luíz, 09-08-2010 -
in Poesia pragmática : poemas de Vidas , a publicar 2010).
Etiquetas:
Poema livre - poesia contemporânea
BEBER ( ou porque bebo )
Bebo consciente,
p'ra me libertar da solidão,
aquela que paira dentro de mim;
Bebo p'ra me sentir feliz,
ou porque me encontro feliz;
.............................................
bebo porque sou livre,
e nunca p´ra me apoderar da liberdade!
.............................................
bebo p'ra compreender o ser humano
que tanto me desilude,
bebo p'ra sentir de forma efémera
que o mundo afinal é feliz
e que ele permite por instantes
que meus sonhos sejam viáveis!
..........................................
mas bebo porque sou livre
nunca p'ra me apoderar da liberdade!
..........................................
bebo p'ra fugir à rotina
que me desnorteia e trucida,
mas não bebo por paixão
ou sequer por dependência;
Bebo por lúcido desafio
P´ra sentir que vale a pena a Vida;
bebo p'ra sentir que há um amigo
ao dobrar de cada esquina,
bebo p'ra mitigar a tristeza
e compensar a incredulidade,
o desamor e a frustração!
..................................
Mas juro que acima de tudo
bebo porque sou livre,
não p'ra me apoderar da liberdade
nem viver o desvario
de uma qualquer perversa emoção...
(António Luíz, in Poesia pragmática / Poemas de Vidas
- próxima publicação )
p'ra me libertar da solidão,
aquela que paira dentro de mim;
Bebo p'ra me sentir feliz,
ou porque me encontro feliz;
.............................................
bebo porque sou livre,
e nunca p´ra me apoderar da liberdade!
.............................................
bebo p'ra compreender o ser humano
que tanto me desilude,
bebo p'ra sentir de forma efémera
que o mundo afinal é feliz
e que ele permite por instantes
que meus sonhos sejam viáveis!
..........................................
mas bebo porque sou livre
nunca p'ra me apoderar da liberdade!
..........................................
bebo p'ra fugir à rotina
que me desnorteia e trucida,
mas não bebo por paixão
ou sequer por dependência;
Bebo por lúcido desafio
P´ra sentir que vale a pena a Vida;
bebo p'ra sentir que há um amigo
ao dobrar de cada esquina,
bebo p'ra mitigar a tristeza
e compensar a incredulidade,
o desamor e a frustração!
..................................
Mas juro que acima de tudo
bebo porque sou livre,
não p'ra me apoderar da liberdade
nem viver o desvario
de uma qualquer perversa emoção...
(António Luíz, in Poesia pragmática / Poemas de Vidas
- próxima publicação )
Etiquetas:
Poema livre - poesia contemporânea
Subscrever:
Mensagens (Atom)