sábado, 23 de julho de 2011

A MULHER E O MAR ( Parceria)

M u l h e r ,
Oiço o bater das ondas do teu mar,
e vejo-te lá longe ténue pairando
sobre as vagas imponentes do teu mar!...

- sei que é fugaz alucinação,
mas que me mata a sede e fome
de tanto te querer ver
e de te ter.

Mulher despida mas envolta em teu mar,
que tu iludes e que tanto enfeitiças,
e quão decidida e brutal o enfureces
pra que eu nunca te possa chegar!

Mulher imensa, mulher majestosa,
prenha de esperanças
e fazedora de vidas,
não castigues teu mar
que por ti é doce e pacato!

Mulher desavinda, mulher de fervor,
sossega o teu mar
dá-lhe todo o teu encanto,
pra que eu por fim te aconchegue,
sereno, cheio de amôr e recato!



( Antonio Luíz, 19-07-2011;
declamado na sessão da ONDA POÉTICA
de Espinho, Biblioteca Munic. José Marmelo e Silva, em Espinho,
em 20 de Julho de 2011 ).

A MULHER E O MAR (Interdependência)

Mulher,
deita as lágrimas ao teu mar,
que revoltoso anseia amôr e calma,
Mulher,
verte angústias em teu mar,
que furibundo ruge e quer tua alma.


Mulher,
solta pesadelos em teu mar,
que o mar é imenso, assim o dominas,
Mulher,
naufraga teus sorrisos em teu mar,
que nele te refletes e nele te fascinas.

Mulher,
acaricia as ondas do teu mar,
que ele se entrega e te venera por inteiro,
Mulher,
toca a espuma limpa do teu mar,
qu' ele te dá dela a essência do seu cheiro.

Mulher,
banha-te plena em teu mar,
que dele bem conheces a intimidade,
Mulher,
comunga teus ideais com teu mar,
pois ele te prolonga e te dá solenidade!


(Antonio Luíz, 19-07-2011; declamado
na Biblioteca Munic. de Espinho, em 20-07-2011, em
Sessão da ONDA POÉTICA de Espinho).