tag:blogger.com,1999:blog-36253775578808036012024-02-19T01:32:43.294-08:00Poesia, coisa VitalAntónio Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-23161874707090416792013-10-03T14:49:00.002-07:002013-10-03T14:49:51.684-07:00TEU CORPO EM FORMA DE CORAÇÃONo balanço daquela onda calma, <br />
vejo sombras teu corpo em rebelião<br />
de tão impulsivo; mas logo domino a alma
<br />
pois vejo-o em forma de coração.
<br />
<br />
Vagueio perdido pela noite adentro,
<br />
vou caminhando tropeço na solidão;
<br />
Pseudo-imagens de ti eu esventro,<br />
mas só encontro formas do teu coração.<br />
<br />
Oh loucuras demais eu tanto invento,<br />
projetos eróticos dissipam-se no vento:
<br />
diz-me que sim amor, jamais digas não!
<br />
<br />
Mas olhos nos olhos então sentiremos<br />
que a Vida é justa e então gritaremos:<br />
-também há sorrisos em forma de coração!
<br />
<br />
<br />
(António Luíz, 2013. Soneto que deu origem à Canção interpretada pelos DOCK'S
<br />
com o título " EM FORMA DE CORAÇÃO " - VIDÉ in YouTube )António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-11993853455414591942013-10-03T14:49:00.001-07:002013-10-03T14:49:29.026-07:00António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-38768545381085908092013-09-11T17:30:00.003-07:002013-09-11T17:33:25.206-07:00A SELVA DA PAIXÃO ( soneto )A águia encolheu as garras,
e é agora uma andorinha,
mas voa sem ter amarras
à vida que ainda é minha!
Sou lobo mas não matreiro,
não fujo de tempos maus,
sou por vezes dócil cordeiro
a quem atiram varapaus!
Depois do amor da andorinha
vem o pior ódio da águia:
- a vida de guerras se constrói!
Do cordeiro não há rasto,
e o lobo então se agiganta:
- luta, pois o amor não se destrói!
António Luíz - Agosto de 2013
António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-47916216747751851062013-09-11T17:15:00.000-07:002013-09-11T17:15:01.628-07:00 ALMA EM ESTERTOR I -
Como um peixe que se agita fora de água,
como animal ofegante em matadouro,
assim está minha imensa mágoa,
por não te ter em meu ancoradouro.
II -
Como um touro cravado em sua lide,
como raposa presa em ratoeira,
assim é o desespero que me agride,
por não te ter dócil e matreira.
III -
Há um vazio cruel em meu peito,
as noites são tão longas e temerosas,
meu querer se incendeia contrafeito,
vagueio em sonhos sobre vagas alterosas!
António Luíz - Agosto de 2013
António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-37717905545868490262011-07-23T06:08:00.000-07:002011-07-23T06:08:48.701-07:00A MULHER E O MAR ( Parceria)M u l h e r , <br />
Oiço o bater das ondas do teu mar,<br />
e vejo-te lá longe ténue pairando<br />
sobre as vagas imponentes do teu mar!...<br />
<br />
- sei que é fugaz alucinação,<br />
mas que me mata a sede e fome<br />
de tanto te querer ver<br />
e de te ter.<br />
<br />
Mulher despida mas envolta em teu mar,<br />
que tu iludes e que tanto enfeitiças,<br />
e quão decidida e brutal o enfureces<br />
pra que eu nunca te possa chegar!<br />
<br />
Mulher imensa, mulher majestosa,<br />
prenha de esperanças<br />
e fazedora de vidas, <br />
não castigues teu mar<br />
que por ti é doce e pacato!<br />
<br />
Mulher desavinda, mulher de fervor,<br />
sossega o teu mar<br />
dá-lhe todo o teu encanto,<br />
pra que eu por fim te aconchegue,<br />
sereno, cheio de amôr e recato!<br />
<br />
<br />
<br />
( Antonio Luíz, 19-07-2011; <br />
declamado na sessão da ONDA POÉTICA<br />
de Espinho, Biblioteca Munic. José Marmelo e Silva, em Espinho, <br />
em 20 de Julho de 2011 ).António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-87713011537376426072011-07-23T06:07:00.000-07:002011-07-23T06:07:07.896-07:00A MULHER E O MAR (Interdependência)Mulher,<br />
deita as lágrimas ao teu mar,<br />
que revoltoso anseia amôr e calma,<br />
Mulher,<br />
verte angústias em teu mar,<br />
que furibundo ruge e quer tua alma.<br />
<br />
<br />
Mulher,<br />
solta pesadelos em teu mar,<br />
que o mar é imenso, assim o dominas,<br />
Mulher,<br />
naufraga teus sorrisos em teu mar,<br />
que nele te refletes e nele te fascinas.<br />
<br />
Mulher,<br />
acaricia as ondas do teu mar,<br />
que ele se entrega e te venera por inteiro,<br />
Mulher, <br />
toca a espuma limpa do teu mar, <br />
qu' ele te dá dela a essência do seu cheiro.<br />
<br />
Mulher, <br />
banha-te plena em teu mar,<br />
que dele bem conheces a intimidade,<br />
Mulher,<br />
comunga teus ideais com teu mar,<br />
pois ele te prolonga e te dá solenidade!<br />
<br />
<br />
(Antonio Luíz, 19-07-2011; declamado <br />
na Biblioteca Munic. de Espinho, em 20-07-2011, em <br />
Sessão da ONDA POÉTICA de Espinho).António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-59521432717406658362011-02-13T16:19:00.000-08:002011-02-13T17:30:03.680-08:00CONVERSA COM O DESTINOQuero que saibas<br />tu que te vanglorias,<br />desassombradamente,<br />que tens na mão os passos dos meus dias, <br />que vou andando<br />por vezes com a percepção<br />de viver em roleta russa,<br />deixando-me reagir<br />ao sabor da espontaneidade,<br />é obvio comandada por irrascibilidade,<br />resvalando por vezes<br />numa quase irracionalidade;<br />então, sei que sou injusto<br />ou talvez mesmo ingrato<br />p'ra quem comigo partilha a Vida,<br />apesar de nem sempre tão próximo<br />quanto eu preciso e desejaria!<br />........................<br />Mas tu, sim só tu, <br />reservaste-me tais vicissitudes<br />que eu vou compensando<br />com espasmos emotivos,<br />absurdamente só meus,<br />pois deles dependo inexoravelmente,<br />mas não tão frequentes <br />quanto eu desejaria!<br />.........................<br />Quero que saibas<br />que me sinto só, mesmo muito só, <br />temo que a vida se fragmente,<br />se esfarrape ao segundo;<br />em consciência vou contrapondo<br />pequenos laivos de felicidade<br />que encontro fugaz em tudo <br />o que eu olho e palpo,<br />rebuscando meu equilíbrio e<br />de novo mergulhando em meus silêncios.<br />Quero que saibas que<br />nesta brutal carapaça, <br />colete-de-forças que me esmaga,<br />assim vou vivendo,<br />até que um dia eu diga: basta!<br />.........................<br />Quero que saibas <br />que, tolerante, anseio de ti: <br />ou oportuno e vital conselho<br />p'ra que domine o constrangimento,<br />a ânsia e toda a incerteza, <br />ou então que me confesses<br />quais os caminhos da planície serena<br />e sua luz infinita e misericordiosa,<br />ou os da savana da escuridão perfeita!<br /> <br />(Antonio Luíz, 12-02-2011 )António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-24959836338599814682011-01-25T15:41:00.000-08:002011-01-25T16:16:34.045-08:00RIO EM DESESPEROCorre rio corre,<br />corre desenfreado,<br />a brutal enxurrada<br />descaracterizou-te,<br />embruteceu-te;<br />Levas vidas que afogas<br />diabolicamente,<br />porque tudo inundas<br />além do teu leito que te não basta!<br />......................<br />Fustígas-nos a alma<br />submissa e impotente,<br />enquanto olhamos a TV,<br />visualizando dramáticos confrontos <br />entre a morte e a vida<br />de seres vivos despojados,<br />trucidados<br />mas sobretudo inocentes!<br />.......................<br />Dás crédito à revolta da natureza,<br />à força incomensurável<br />dum Planeta bom <br />que nos acolheu,<br />mas hoje tristemente abandonado à sua sorte<br />por culpa de humanos indígnos,<br />tresloucados,<br />não merecedores da cohabitação.<br /><br />Corre rio corre,<br />corre desesperado,<br />porque em teu feroz seio <br />também levas os gritos e lágrimas<br />dum Planeta que chora<br />inexoravelmente a sua desdita!...<br /><br />(Antonio Luíz, 20-01-2011)António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-33760733961194901812011-01-19T17:26:00.000-08:002011-01-19T17:42:14.600-08:00TERMINAL DE DESILUSÃOAfundo-me na tristeza,<br />sem as lágrimas convulsivas de outrora,<br />mas compulsivamente irrascível;<br />nada mais vale a pena,<br />não interessa sequer avaliar<br />porque se demoliu o amôr,<br />ou porque se esfumou a paixão!<br />...o fulgor do sol também se esvai,<br />e o vento ora sopra de rompante <br />outras vezes porém tão meigo é,<br />apaziguador, e tão refrescante!<br />.............................<br />Hoje, o dilúvio assassino<br />perturba a doce paz da foz<br />do meu rio de encantos!...<br /><br />(António Luíz: Amarante, 13-01-2011 )António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-72835620363237684042010-12-20T15:45:00.000-08:002010-12-20T16:06:19.381-08:00INSONIA DE AVÔPelas cinco horas da madrugada<br />abordam-me as saudades de Ti,<br />culpado é o teu maravilhoso sorriso<br />e a paz com que me premeias<br />quando Te olho<br />e Te aconchego em meu colo!<br /><br />A alegria de uma esfusiante vida<br />preenche-Te o presente,<br />electrisa todos os nossos sentidos,<br />e põe meus sentimentos à flor da pele,<br />contagiando meus espaços cerebrais<br />meio adormecidos,<br />tranquilizando toda a minha irreverência.<br /><br />És o engodo há tanto esperado<br />para o anzol inerte das nossas vidas,<br />e assim voltou a jovialidade,<br />a enorme ternura que nos alenta,<br />e um eterno romance de amôr<br />que fervilha e tanto nos acalenta.<br /><br />Vives afincadamente teus oito meses,<br />já gatinhas determinada<br />e com invulgar dinâmica e estética;<br />ràpidamente a marcha chegará<br />e virão algumas quedas sem rede<br />que demasiado sobressalto criarão!<br /><br />Num futuro breve balbuciarás<br />as primeiras palavras e as mais queridas,<br />e um pouco mais tardiamente <br />a escola contigo partilhará<br />os primeiros encontros e desencontros,<br />e aprenderás por certo a louvar a Vida!<br /><br />Por ora apenas Te vou observando<br />embebecido pela mais doce ternura,<br />petrificado por tamanho encanto:<br />- és a magia da natureza humana!<br /><br />Vive como um alevim o Teu presente<br />no recôndito mar sempre contente;<br />breve o futuro se porá em teu caminho<br />e serás ave, mulher-guerreira, toda carinho!<br /><br />( Poema dedicado a minha neta Sofia, 03-11-2010)<br /><br />António Luíz, in "Poesia pragmática: Poemas de Vidas", <br />a publicar em 2010/2011 ).António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-14026875312650858702010-10-29T16:37:00.000-07:002010-10-29T17:13:32.128-07:00FIM DA ILUSÃOA morte acontecera e<br />na Eucaristia de corpo presente<br />faz-se o prelúdio<br />(com sons de violino pungente),<br />da entrega à terra do corpo e da alma<br />já sucumbidos, já sem ilusão.<br />Após 23 anos de sofrimento<br />em quase total alectuamento<br />pós acidente trombótico cerebral...<br />...acabára-se a ilusão!<br />...............................<br />Agora, a fatal dicotomia fragmentária:<br />- o corpo descerá à terra<br />e a alma voará para a vida eterna!<br />...............................<br />Talvez que para os eleitos<br />a ilusão não termine naquele momento<br />mas por certo longinquamente,<br />pois que a morte à vida pertence<br />e esta se comporta ad eternum<br />como doença assaz incurável<br />que um dia a própria morte vencerá.<br />Obviamente que a esta condenação<br />jamais alguém fugirá!<br />...............................<br />Aceitemos pois sem alternativa<br />que não há mais ilusões<br />além da fatídica morte.<br />Homenageemos capazmente a vida<br />- e assim se fez naquela noite -<br />se quisermos adiar <br />em total consciência<br />o fim da nossa vital ilusão!<br /><br />( Antonio Luíz, Outubro-2010 ;<br />in "Poesia pragmática: poemas de vidas", a editar em 2010/2011)António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-36787703257610279282010-09-27T16:14:00.000-07:002010-09-27T16:39:59.879-07:00REPOUSO NO CAIS DO FREIXOGozo a esplanada do Freixo<br />onde sacio fome e sede,<br />mesmo ao lado da ponte guardiã;<br />nela passam objectos móveis<br />carregados de desejos<br />e também de ilusões...<br />..........................<br />Para lá da ponte<br />um sol portentoso<br />reflecte-se nas águas do rio,<br />criando foco de luz imensa:<br />- o Douro ilumina e aquece<br />este momento de fim de tarde<br />de uma terça feira,<br />após tarefa clínica em Resende,<br />curta mas assaz prazenteira;<br />Passa um barco <br />lotado de viajantes,<br />e dali a pouco<br />no frenesim do lanche retemperador,<br />apenas resta um ponto<br />lá longe, no fim do rio<br />que o sol ferindo os olhos<br />mal permite disfrutar!<br />.............................<br />Nesta atraente esplanada<br />a música de fundo continua<br />suave, mas bem batida,<br />contrariamente a meu coração<br />tranquilo, bradicárdico...<br />Observo um yate imóvel<br />um pouco à minha direita<br />mas que em nada me seduz;<br />...sobre moderna mesa <br />de tampo negro,<br />contrastando o branco das cadeiras,<br />esvazio paulatinamente<br />um copo de cerveja<br />a que hoje não soube resistir!<br /><br />(Antonio Luíz, 07-09-2010 )António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-80982950428786102452010-09-22T14:04:00.000-07:002010-09-22T14:11:56.733-07:00CAOS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdL_tiw193K0sDfg8oNH1e4as21Gg5gnVrhekmTODh4QZfDz6wxcPfaG7r4itc0w1Ha9cc1WWxOSm7xQFHPiiZPCVWHd-IJiZtED1j3_mVSMossdc262mHy6g-V71ka7a9lFlRU88FVwA/s1600/P220910_19.130001.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 202px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdL_tiw193K0sDfg8oNH1e4as21Gg5gnVrhekmTODh4QZfDz6wxcPfaG7r4itc0w1Ha9cc1WWxOSm7xQFHPiiZPCVWHd-IJiZtED1j3_mVSMossdc262mHy6g-V71ka7a9lFlRU88FVwA/s320/P220910_19.130001.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519848437372649714" /></a><br /><br /> C A O S<br /><br /> ( A propósito duma pintura de Raul Cardoso )<br /><br /><br /><br /><br /> Em plataforma distal<br /> deste intenso e sublime status,<br /> existe hirto um vulto<br /> estupefacto e passivo,<br /> mantendo cordão umbilical<br /> a tão possante mas aprazível<br /> emaranhado de traços e cores;<br /><br /> Mas a harmonia cola-nos à tela....<br /><br /> Sigo linhas curvas e rectas,<br /> espaços variegados com surdas vidas<br /> aglomeradas, que gemem,<br /> na lufa-lufa do ditame quotidiano,<br /> espremidas na pressão dos desejos<br /> e anseios em auto-desespero;<br /> outros espaços não enxergo<br /> mas sinto-os no âmago dos pincéis<br /> e onde capto pensamentos velozes<br /> em busca de libertação, <br /> tentando a fuga às convulsões febris<br /> de uma luta vital diária,<br /> quantas vezes crispada e desumana,<br /> que fatalmente nos distanciam<br /> do humanismo e da glória,<br /> mergulhando-nos<br /> e sucumbindo-nos na auto-exortação<br /> que tolamente nos empurra<br /> para a vaidade e autodestruição!<br /> Há quadrados triangulóides<br /> e triângulos quase quadriformes, <br /> mas também vejo formas losângicas<br /> com cores de anjo, e também de luto!<br /><br /> Nesta amalgama de conflito e ilusão,<br /> vejo barcos de rio, e talvez navios<br /> a quererem in extremis cruzar<br /> Louca e teimosamente<br /> águas revoltas de outros mares.....<br /><br /> Fantasio aeronaves,<br /> seguramente um dirigível<br /> aguardando movimento proximal,<br /> para fuga talvez tresloucada<br /> a tão consciente imobilidade....<br /> Não vislumbro traços de animais<br /> ou sequer sinais divinos;<br /> <br /> Quando o Caos assim nos domina,<br /> temos ali as cores da esperança<br /> e dum fluxo vivo e arrojado,<br /> colorido de particulas de arco-íris<br /> que se adivinha ou <br /> se deseja ver nesta cativante tela<br /> Que nos alimenta os sentidos<br /> e nos afeiçoará às batalhas humanas,<br /> em busca do equilíbrio emocional<br /> mesmo que imperceptível<br /> por detrás de tão pedagógico Caos!<br /><br /><br /><br />( Antonio Luíz, in “ Poesia pragmática: poemas de Vidas” - a editar em 2010/11<br /> <br /> escrito em 17-09-2010 )António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-50967368556717673512010-09-07T18:58:00.000-07:002010-09-07T19:22:43.164-07:00À BEIRA DOUROGozo a esplanada do Freixo<br />onde sacio a fome e sede,<br />mesmo ao lado da ponte guardiã;<br />nela passam objectos móveis<br />carregados de desejos<br />e também de ilusões;<br />para lá da ponte<br />um sol portentoso<br />reflecte-se nas águas do rio<br />criando um foco de luz imensa:<br />- o Douro ilumina e aquece<br />este momento de fim de tarde<br />de uma terça-feira<br />após tarefa clínica em Resende,<br />curta mas prazenteira!<br />Passa um barco<br />lotado de viajantes,<br />dali a poucos minutos<br />apenas um ponto restará<br />lá longe, no fim do rio,<br />que o sol ferindo os olhos<br />mal permite vislumbrar...<br /><br />...Nesta atraente esplanada<br />disfruto a música de fundo<br />que continua suave,<br />mas bem batida,<br />contràriamente a meu coração,<br />que vou sentindo tranquilo,<br />com batimentos bradicárdicos!<br />...Observo um yate imóvel<br />um pouco à minha direita,<br />mas que em nada me seduz;<br />...Sobre a mesa de tampo negro<br />contrastando o branco das cadeiras,<br />esvazio paulatinamente<br />um copo de cerveja,<br />a que hoje não soube resistir!...<br /><br />(Antonio Luíz, "Poesia pragmática: poemas de Vidas",<br />a editar ainda este ano ( 07-09-2010).António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-72004915191916222222010-08-17T09:55:00.000-07:002010-08-17T10:09:57.829-07:00ENQUANTO ALMOÇO ( na Pizza Hut )Vejo pessoas passando,<br />umas próximas conversando<br />outras mais longe sorrindo,<br />a vida flui, a paz impera;<br />vejo pessoas com cores vestidas,<br />belas, por vezes garridas,<br />que a vida não é bicolor,<br />nem eu desejo que o seja!...<br />Vejo pessoas que dançam<br />aqui na rua à minha frente,<br />ao som de bombo africano<br />que tanto me diz e alegra;<br />vejo aqui ao meu lado<br />criança feliz e bendita<br />pedindo ao pai "cavalitas",<br />que me comove e enternece.<br />...........................................<br />Olho de novo a rua<br />vejo pessoas normais,<br />sempre passando, vivendo,<br />tocando-se, ou de mãos dadas!...<br />..........................................<br />Tenho saudades das tuas,<br />que me deram amor, ternura,<br />e que das minhas tanto precisam<br />P´ra saciar a desventura!<br /><br />(Antonio Luíz, 07-08-2010)António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-40224791083472478542010-08-17T09:24:00.000-07:002010-08-17T09:52:28.334-07:00ENCRUZILHADA DE TEMPOSViajo na estrada,<br />ao volante da subconsciência,<br />viajo no meu tempo,<br />entro no meu Eu,<br />num lamaçal que me não larga,<br />mas não me imobiliza;<br />Aos olhos enevoados<br />assumem frias lágrimas,<br />entrelaçam-se pensamentos...<br /><br />...mas naquela tarde que disseste?<br />- Que bebi um trago a mais por estar feliz?<br />...não, é óbvio que não foi!<br />- Ou por ser distraído?<br />...quero aceitar que não, ou talvez!<br /><br />Mas em consequência da "injúria"<br />o que fizemos um ao outro?<br />Criamos enorme distância<br />derrubamos nossos muros de veludo!<br /><br />Mas o que deveríamos dizer<br />ou já ter dito um ao outro?<br />Que por força da incompreensão<br />e da marginalidade de alguns<br />poderíamos beber um copo a mais,<br />todos os dias,<br />e deixar-nos fluir na solidão?!<br />Mas não, isso não,<br />produziria estígmas, maus sinais,<br />corroeria nossas aparências,<br />e apesar de ser óbvio e humano<br />de forma lúcida rejeitamos...<br /><br />...Sigo a doutrina pragmática<br />que em boa verdade ensina,<br />que mais vale "in concreto" ser<br />que por falsa verdade parecer,<br />e sobretudo quando amamos!<br /><br />(Antonio Luíz, 05-08-2010)António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-73564691550108173122010-08-17T09:03:00.000-07:002010-08-17T09:23:12.742-07:00TURBULENCIA EM FIM DE FÉRIASDe súbito, quando menos se esperava,<br />ao cabo de férias solarentas,<br />instalaram-se penumbras e sombras,<br />dos olhos brotaram cascatas de água,<br />abateu-se o silêncio, a desilusão<br />sobre nossas vidas,<br />sobre um grandioso sonho,<br />que se gorou esfumando-se<br />como um enorme transatlântico<br />desaparecendo lá longe no horizonte!...<br /><br />...Há um vácuo, um estridente vazio,<br />um espaço turbulento sem nada,<br />em nosso quarto ainda ferve amôr<br />apenas de outrora;<br />mas hoje vingam invernos gélidos<br />de saudades, e vigoram sonhos<br />de mágoas cataclísmicas que doem e ferem<br />como pesadelos!...<br /><br />...O silêncio extingue-se na nossa mudez,<br />vai-nos separando por demais;<br />entre nós há farrapos de lembranças<br />que tentam reagrupar-se<br />procurando recriar correntes<br />de espesso fio, ou corda ou aço;<br />- mas que importa?<br />Vencerão esta chuva tão ácida?<br />Resistirão por absurdo ao tempo,<br />enquanto um disforme transatlântico<br />De novo regresse<br />Repleto de ilusões,<br />ou de novas promessas de amor<br />a qualquer hora da madrugada?...<br /><br />...Assustam-me tamanhas incertezas!...<br /><br />( Antonio Luíz, o4-08-2010 )António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-2568741262209037472010-08-09T16:37:00.000-07:002010-08-09T17:09:20.368-07:00PENSAMENTOS FORÇADOSI - Com decisão temporária:<br />" Autodemiti-me do amor,<br />porque há muito prometi fazer-te feliz,<br />e tu não o tens permitido".<br /><br />II - Com decisão definitiva:<br />"Destruí em mim o amor,<br />porque acreditei que me farias feliz,<br />mas tu com ingénua teimosia<br />dilaceraste um coração por ti perdido".<br /><br />III - Com ultradecisão (platónica):<br />"Apesar do amor ausente<br />serei à hora da morte um lutador,<br />invulgar combatente<br />para a génese de um amor eterno,<br />mas secretamente!"<br /><br />(Antonio Luíz, 09-08-2010 -<br />in Poesia pragmática : poemas de Vidas , a publicar 2010).António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-74860719970023566632010-08-09T08:18:00.000-07:002010-08-09T08:40:48.210-07:00BEBER ( ou porque bebo )Bebo consciente,<br />p'ra me libertar da solidão,<br />aquela que paira dentro de mim;<br />Bebo p'ra me sentir feliz,<br />ou porque me encontro feliz;<br />.............................................<br />bebo porque sou livre,<br />e nunca p´ra me apoderar da liberdade!<br />.............................................<br />bebo p'ra compreender o ser humano<br />que tanto me desilude,<br />bebo p'ra sentir de forma efémera<br />que o mundo afinal é feliz<br />e que ele permite por instantes<br />que meus sonhos sejam viáveis!<br />..........................................<br />mas bebo porque sou livre<br />nunca p'ra me apoderar da liberdade!<br />..........................................<br />bebo p'ra fugir à rotina<br />que me desnorteia e trucida,<br />mas não bebo por paixão<br />ou sequer por dependência;<br />Bebo por lúcido desafio<br />P´ra sentir que vale a pena a Vida;<br />bebo p'ra sentir que há um amigo<br />ao dobrar de cada esquina,<br />bebo p'ra mitigar a tristeza<br />e compensar a incredulidade,<br />o desamor e a frustração!<br />..................................<br />Mas juro que acima de tudo<br />bebo porque sou livre,<br />não p'ra me apoderar da liberdade<br />nem viver o desvario<br />de uma qualquer perversa emoção...<br /><br />(António Luíz, in Poesia pragmática / Poemas de Vidas<br /> - próxima publicação )António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-2813602143580158142009-09-01T17:25:00.000-07:002009-09-01T18:13:15.172-07:00LINDO DOURO, MÁS LEMBRANÇASEntardecer...<br />pôr-do-sol no Douro,<br />quão perfeito casamento<br />alicerçado em quietude,<br />beleza, e tanta harmonia,<br />apesar da aspereza d' escarpas,<br />de rochedos imponentes,<br />e frondosas clareiras a montante,<br />que vão escapando a tanto desacato<br />e ilicitudes ecológicas!<br /><br />...Já ninguém se esforça em lembrar<br />que a juzante<br />célebre ponte tombou,<br />ruindo ao peso de crueis<br />e de tamanhas irresponsabilidades<br />de cariz humano,<br />que sobre ela não estavam<br />naquela noite fatídica,<br />de chuvoso e turbulento,<br />mas acima de tudo traiçoeiro inverno!<br /><br />Sobre a ponte não se achavam<br />dispositivos mecânicos ou mãos assassinas,<br />e o lindo Douro não fez justiça,<br />antes acolheu desalmadamente<br />tantas Vidas ingénuas e inocentes!<br /><br />Douro pérfido, Douro carrasco,<br />sentirás tu a grande culpa?<br />Ou surgirá um dia outro culpado?<br />É certo que más lembranças<br />perturbam tua paz e toda a harmonia<br />deste tão deslumbrante entardecer!<br /><br />( António Luíz , Agosto-2009 . Durante viagem de regresso ao Porto,<br />entre Resende e Entre-os-Rios).António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-31455023364769952582009-08-19T09:50:00.000-07:002009-08-19T10:19:48.943-07:00EU , O SOL E O MARConsomem-me as saudades<br />da alegria desmesurada,<br />de um sol risonho, de um sol-menino<br />do nascer ao pôr-do-sol;<br />de uma viagem aventureira<br />de reconhecimento do meu próprio eu,<br />fomentando a paz, a alegria , o amôr;<br />saudades de eu ser o sol,<br />sem esforço, sem transfiguração;<br />assim era o meu lugar,<br />e eu dele merecedor!<br />...........................................................<br /><br />É quase noite e janto à beira mar,<br />olho nele as águas fervorosas<br />ondulando, sussurando-me,<br />ali tão perto de mim...<br />Falam-me do meu presente?<br />oh!, sim... creio que sim!<br />...........................................................<br /><br />Lá longe o mar é doce,<br />tão tranquilo, que não se move,<br />um verdadeiro gritante espelho<br />que me toca,<br />que me espelha o meu passado<br />cheio de "luzes da ribalta" ;<br />chegam-me sons de melodias clássicas,<br />enfáticas e tão ternurentas;<br />o pôr do sol sacode-me deste geito,<br />penetra meu eu angustiado!<br />.........................................................<br /><br />Quero lá chegar,<br />mas tamanha é a distância<br />que eu temo não conseguir,<br />tenho pânico que no caminho<br />possa não saber nadar,<br />e ali me fique sem porvir!...<br /><br /><br />(António Luíz - VNGaia, 19-08-2009)António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-28023280557864667302009-07-15T15:47:00.000-07:002009-07-15T16:33:57.600-07:00DESCOMPRESSÃOProcuro compensar a azáfama,<br /><br />o bulício brutal vivido<br /><br />com o pandemónio do stress laboral;<br /><br />o polegar firme<br /><br />e a polpa do indicador<br /><br />pressorizam minhas têmporas,<br /><br />deixo que o índex se estenda<br /><br />por toda a minha fronte,<br /><br />cotovelo esquerdo sobre a mesa,<br /><br />rodo o pescoço<br /><br />sinto-o estalar e ranger<br /><br />provocando dor surda<br /><br />por estiramento muscular;<br /><br />sobrelevo os ombros<br /><br />despertando dor aguda nos trapézios,<br /><br />assim permaneço alguns segundos<br /><br />aceitando dor crucial por intencional;<br /><br />dentro em breve atingirei<br /><br />tranquilo relaxamento funcional!<br /><br />.............................................................<br /><br /><br /><br />Olhos ainda cerrados, visão dourada,<br /><br />mar azul em ilha deserta;<br /><br />a cabeça ainda lateja em torpôr,<br /><br />mas é silenciada a ansiedade,<br /><br />vai-se esbatendo a intolerância,<br /><br />deixo escorrer a fadiga,<br /><br />regressa o possível discernimento,<br /><br />e os neurónios mostram-se felizes<br /><br />por gradualmente poderem retomar<br /><br />a fisiologia primária em suas sinapses!<br /><br />..................................................................<br /><br /><br /><br />Olhos agora entreabertos,<br /><br />tranquilo , e com alguma serenidade<br /><br />introspectivamente assumo:<br /><br />- terei por certo escapado ao infarto,<br /><br />mas não ao absurdo stress profissional!<br /><br />- Como se pode assim louvar o trabalho?António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-25794471196618481962009-07-15T14:20:00.000-07:002009-07-15T15:27:28.858-07:00DESCOMPRESSÃOAntónio Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-16642599743460934002009-07-12T16:39:00.000-07:002009-07-12T17:12:47.695-07:00ANIVERSARIOSessenta anos;<br />sonhei festejá-los com a Amizade,<br />o companheirismo, a Felicidade,<br />mas não deu.<br />Aniversário (quase) solitário:<br />existo eu e os meus sonhos,<br />e tantos silêncios tristonhos,<br />mas conforto quanto basta<br />pela surpresa da Susi (!)<br /><br />Sessenta anos;<br />recusei convívio de " amigos",<br />em festejos tradicionais,<br />não por estafado capricho ,<br />nem por simples teimosia,<br />mas apenas porque teimam<br />em não respeitar meu presente,<br />em não aceitar uma vida,<br />"Vida de paixão e tormento",<br />que só a mim me estrutura<br />e me diz absoluto respeito!<br /><br />Sessenta anos;<br />apenas quiz mostrar a todos<br />com bom senso e galhardia,<br />que estou vivo, muito vivo,<br />cultivando a chama da alegria,<br />entre tantos desenganos...<br /><br />António Luíz, 08-09-2008António Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3625377557880803601.post-1010881650089016502009-07-07T16:06:00.000-07:002009-07-07T17:01:08.278-07:00DO INICIO AO PRENUNCIO DO FIMUm dia, subitamente,<br />como já não o visse há anos,<br />olhei o mar!<br />Vi-o sereno, tranquilo, condescendente,<br />e sobre ele uma brisa ténue e fugidia,<br />e nela dançavam radiosas borboletas,<br />felizes no seu vai-vém,<br />como se pincelassem rabiscos coloridos<br />em tela imaginária!...<br /><br />Naquele mar eu vi ternura,<br />estremeci pleno de vida,<br />gritei pojante pela paixão,<br />e decidi aventurar-me numa viagem,<br />feita de embalo e regozijo,<br />pois por certo eu perderia<br />as garras de sangue da solidão!<br /><br />Valeria sempre a pena humana aventura,<br />um tão fácil e imperdível navegar,<br />sobre um mar sereno, de paz onírica,<br />ja que impensável seria naufragar!...<br /><br />Parti agarrado ao leme,<br />qual comandante eufórico e feliz,<br />mas a viagem não foi longa,<br />por absurda intempérie descomunal,<br />e a um porto vizinho tive que encostar,<br />dado o iminente risco de naufragar!...<br /><br />Hoje há um cais de subtil amarração,<br />não vislumbro as dançarinas borboletas,<br />mantenho-me seguro em cais de abrigo,<br />esperando sonhador por nobre brisa,<br />que me alcandore e me submeta<br />às Leis da bela Natura,<br />mas também da confiança e do amor!<br /><br /><br />Antonio Luíz ( 07-07-2009) - VN GaiaAntónio Pinto de Oliveira (António Luíz)http://www.blogger.com/profile/17532495294446970552noreply@blogger.com0