quarta-feira, 11 de setembro de 2013
ALMA EM ESTERTOR
I -
Como um peixe que se agita fora de água,
como animal ofegante em matadouro,
assim está minha imensa mágoa,
por não te ter em meu ancoradouro.
II -
Como um touro cravado em sua lide,
como raposa presa em ratoeira,
assim é o desespero que me agride,
por não te ter dócil e matreira.
III -
Há um vazio cruel em meu peito,
as noites são tão longas e temerosas,
meu querer se incendeia contrafeito,
vagueio em sonhos sobre vagas alterosas!
António Luíz - Agosto de 2013
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