Consomem-me as saudades
da alegria desmesurada,
de um sol risonho, de um sol-menino
do nascer ao pôr-do-sol;
de uma viagem aventureira
de reconhecimento do meu próprio eu,
fomentando a paz, a alegria , o amôr;
saudades de eu ser o sol,
sem esforço, sem transfiguração;
assim era o meu lugar,
e eu dele merecedor!
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É quase noite e janto à beira mar,
olho nele as águas fervorosas
ondulando, sussurando-me,
ali tão perto de mim...
Falam-me do meu presente?
oh!, sim... creio que sim!
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Lá longe o mar é doce,
tão tranquilo, que não se move,
um verdadeiro gritante espelho
que me toca,
que me espelha o meu passado
cheio de "luzes da ribalta" ;
chegam-me sons de melodias clássicas,
enfáticas e tão ternurentas;
o pôr do sol sacode-me deste geito,
penetra meu eu angustiado!
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Quero lá chegar,
mas tamanha é a distância
que eu temo não conseguir,
tenho pânico que no caminho
possa não saber nadar,
e ali me fique sem porvir!...
(António Luíz - VNGaia, 19-08-2009)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
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2 comentários:
Não sei porquê, parece-me que estou algures aqui!
O mar é uma forte fonte de inspiração para Ti.
Gostei! Parabéns por saberes dizer tão bem o que sentes.
PARABÉNS PELOS POEMAS...OBRIGADA PELA PARTILHA.
VOLTAREI!
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