Procuro compensar a azáfama,
o bulício brutal vivido
com o pandemónio do stress laboral;
o polegar firme
e a polpa do indicador
pressorizam minhas têmporas,
deixo que o índex se estenda
por toda a minha fronte,
cotovelo esquerdo sobre a mesa,
rodo o pescoço
sinto-o estalar e ranger
provocando dor surda
por estiramento muscular;
sobrelevo os ombros
despertando dor aguda nos trapézios,
assim permaneço alguns segundos
aceitando dor crucial por intencional;
dentro em breve atingirei
tranquilo relaxamento funcional!
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Olhos ainda cerrados, visão dourada,
mar azul em ilha deserta;
a cabeça ainda lateja em torpôr,
mas é silenciada a ansiedade,
vai-se esbatendo a intolerância,
deixo escorrer a fadiga,
regressa o possível discernimento,
e os neurónios mostram-se felizes
por gradualmente poderem retomar
a fisiologia primária em suas sinapses!
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Olhos agora entreabertos,
tranquilo , e com alguma serenidade
introspectivamente assumo:
- terei por certo escapado ao infarto,
mas não ao absurdo stress profissional!
- Como se pode assim louvar o trabalho?
quarta-feira, 15 de julho de 2009
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