quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

TERMINAL DE DESILUSÃO

Afundo-me na tristeza,
sem as lágrimas convulsivas de outrora,
mas compulsivamente irrascível;
nada mais vale a pena,
não interessa sequer avaliar
porque se demoliu o amôr,
ou porque se esfumou a paixão!
...o fulgor do sol também se esvai,
e o vento ora sopra de rompante
outras vezes porém tão meigo é,
apaziguador, e tão refrescante!
.............................
Hoje, o dilúvio assassino
perturba a doce paz da foz
do meu rio de encantos!...

(António Luíz: Amarante, 13-01-2011 )

3 comentários:

Joaninha disse...

A desilusão completa de algo em que se crê e se quer muito é terrível!

Como custa aceitar que..."o dilúvio assassino perturba(e) a doce paz da foz do meu (nosso) rio de encantos!..."

De todo modo há sempre um amanhã....

António Pinto de Oliveira (António Luíz) disse...

Um sonho termina e deve (tem que) haver outro. É a sucessão lógica da vida. Como nos poderíamos aguentar nesta amalgama existencial sem sonhos diferentes, como um verdadeiro "elo de ligação" ou "nexo de causalidade"? Não serão estes multiplos sonhos uma fonte de energia e o melhor potencial para uma vida emotiva e subsequente? Mal daqueles (as) que nao têm sonhos...Não quero perder a capacidade de sonhar...e acredito veementemente q há sempre um novo amanhã. Com a amizade e admiração cúmplices do "Antonio Luíz".

Olivia Manuela disse...

Ninguém nos pode tirar a capacidade de sonhar, porque os sonhos é que comandam a n/ vida! Atrás de um, vem sempre outro...é como aquele provérbio que nos diz " por morrer uma andorinha, não acaba a primavera".

Esqueça a desilusão, e lute pelo sonho que há muito persegue,que é ter paz e tranquilidade!!