sábado, 11 de outubro de 2008

Arfar por amor

Termino de novo a sublime batalha,
"nobre e selvagem" deste amor,
curvo-me perante a sua concretização
natural e irrecusável;
...em seu âmago, em seu último reduto,
a explosão vulcânica de febris emoções,
com sua expressão física de um dilúvio
torrencial e quente,
que me deixam a arfar por longos e longos minutos!...

Assim é meu anseio; assim eu quero!

---É o prolongar dos afectos,
e de todo aquele acto de fascínio e insensatez,
mas também tão inquietante e tão doce...

Daqui a segundos só terei "memória recente" dos mesmos,
e já não arfarei quase em dispneia!
Terei já saudades de tanta ternura
e da nossa voraz alquimia...

Amanhã já estarei tão longe da grande
amálgama destes pensamentos,
porque a vida rotineira de cansaços nos afogará de novo
em mares de outras tempestades,
tudo sendo então vertido no Livro
empoeirado das memórias,
até que tenhamos outra oportunidade
de voltar a arfar por amor,
na continuidade do resplandecer desta abrupta paixão,
que tanto nos toca e gentilmente domina...
(Agosto-2007 ; do livro "VIDA: Paixão e tormento")

Sem comentários: