Viajo na estrada,
ao volante da subconsciência,
viajo no meu tempo,
entro no meu Eu,
num lamaçal que me não larga,
mas não me imobiliza;
Aos olhos enevoados
assumem frias lágrimas,
entrelaçam-se pensamentos...
...mas naquela tarde que disseste?
- Que bebi um trago a mais por estar feliz?
...não, é óbvio que não foi!
- Ou por ser distraído?
...quero aceitar que não, ou talvez!
Mas em consequência da "injúria"
o que fizemos um ao outro?
Criamos enorme distância
derrubamos nossos muros de veludo!
Mas o que deveríamos dizer
ou já ter dito um ao outro?
Que por força da incompreensão
e da marginalidade de alguns
poderíamos beber um copo a mais,
todos os dias,
e deixar-nos fluir na solidão?!
Mas não, isso não,
produziria estígmas, maus sinais,
corroeria nossas aparências,
e apesar de ser óbvio e humano
de forma lúcida rejeitamos...
...Sigo a doutrina pragmática
que em boa verdade ensina,
que mais vale "in concreto" ser
que por falsa verdade parecer,
e sobretudo quando amamos!
(Antonio Luíz, 05-08-2010)
terça-feira, 17 de agosto de 2010
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